Em alguma parte do caminho, houve um desvio. E o retorno à estrada principal ficou em segundo plano, cada vez mais distante do inicialmente imaginado. O rumo foi alterado, sem que ao menos uma marca fosse impressa para que se soubesse o retorno. E os dias transformaram-se em anos, que encerram em si a dureza de não voltarem atrás. Com o tempo, a trilha perdeu-se. O destino foi alterado e a realidade não permitiu que ele batesse novamente à porta. Se seria melhor ou pior, não se sabe. Nunca se sabe dessas coisas. Nunca se sabe nada.
E a vida vai correndo. E os planos vão sendo transformados ou esquecidos, engavetados em um baú de lembranças escondido em um canto sujo e empoeirado da memória. Os sonhos vão aos poucos sumindo, ganhando outros contornos. As metas cuidadosamente escritas no papel são esquecidas e o idealismo primário cede frente ao conformismo.
Os rascunhos transformam-se em rabiscos. As conquistas retornam aos anseios. As ideias confundem-se em um véu de obscuridade. Enquanto isso, a vida passa, os anos correm, os meses emboloram-se, os dias voam e as horas atropelam-se. Os cabelos brancos teimam em sobressair sobre os que um dia já foram bem castanhos. E, subitamente, percebe-se que não se saiu do lugar. O caminho nunca existiu.
Um comentário:
vou ter que pensar sobre isso tudo... mas o certo mesmo é isso: Nunca se sabe nada.
bjo Lilis!
Postar um comentário